CUBA - Parada no tempo mas especialmente linda

Cuba ficou conhecida mundialmente por sua revolução política e aliança a antiga União Soviética na chamada Guerra Fria (capitalismo x socialismo) e quando se viu diante de uma crise devido ao fim da guerra, seu líder, Fidel Castro, foi obrigado a flexibilizar a economia, permitindo a abertura para algumas atividades capitalistas, sendo a principal o turismo. É neste clima do socialismo e racionalização que ainda vive Cuba e a torna um destino turístico especialmente interessante e nada tradicional para nós, brasileiros.  


Se você gosta de cultura, arquitetura, música, política, charutos, sol e um bom drink, este é o lugar. Não espere um serviço rápido e eficiente, mas um povo receptivo e ao mesmo tempo desconfiado de tudo podendo algumas vez ser rude. Mas isso não é sufiente para fazer você desistir ou deixar de gostar de lá. Pelo menos, meus amigos e eu gostamos bastante. 

Nossa 1ª parada foi Havanna, a capital, com sua mistura de cores, construções, sons, estilos e figuras típicas, como este senhor trajado de terno e fumando um tremendo de um charutão em pleno calor de aproximadamente 40°C ou mais. 




Ficamos hospedados no Hotel Palacio O'Farrill, um hotel fofo, de decoração típica de palácio com uma clarabóia que iluminava o pátio interno onde era servido o café da manhã, vitrais e pé direito alto com grandes colunas. O quarto era amplo e tinha ar condicionado (coisa rara em Cuba) mas os pontos altos  e mais interessante do hotel eram a sua porta de entrada com um daqueles antigos batedores de porta , de ferro chamados aldravas,  e sua localização excepcional (à poucos minutos de caminhada dos principais pontos turísticos de Havanna). 

Começamos a explorar Havanna pela Plaza de la Catedral en Habana Vieja, visitando a Catedral de San Cristóbal de la Habana e o Museu de Arte Colonial. Este, possui um belo jardim interno, objetos engraçados e uma vista panorâmica da praça. Dali, resolvemos ser os turistas originais; fizemos um city tour de charrete, apesar de ter se revelado um "programinha de índio" no final já que o sol fritava a cabeça. O que mais valeu no passeio foi o guia, uma pessoa simpática e alegre apesar das dificuldades de viver em Cuba. Ele falava diferentes idiomas, o que facilitou bastante a nossa comunicação, e nos contou histórias e mostrou locais que talvez não tivessemos a chance de conhecer como turistas.   

Fomos a Plaza de Armas e visitamos o Palácio de los Siete Generales, Templete, Casa del Café, o Castillo de la Real Fuerza e seguimos para a Plaza San Francisco, onde está a Igreja de San Francisco e a Embaixada do Brasil.  

 

Em Centro Havanna, há um Capitólio como o dos EUA, mas que abriga a Academia de Ciência de Cuba e onde encontrará uma variedade de carros americanos antigos, como Cadillacs e Buicks. Atravesse a rua e encontrará a fábrica de charutos Partagás. 




  

Há alguns lugares que você não pode deixar de ir: O Museu da Revolução, a Plaza de la Revolución, onde está o Ministério do Interior, que tem em sua parede frontal a escultura de ferro com o rosto de Che Guevara, o Memorial José Martí, que está localizado em uma colina; Uma sugestão é subir a torre do museu e de lá se tem uma vista panorâmica de toda a cidade e da praça, onde Fidel fazia faz discursos em datas importantes; e a Fortaleza de La Cabaña, onde acontece a cerimônia do cañonazo. Na época colonial a fortaleza guardava a entrada à baía da cidade e todos os dias as 4h30 e 21h00 disparava-se um tiro de canhão para informar a população a abertura e fechamento dos portões. Esta cerimônia ainda é realizada até hoje, as 21h00 e por soldados vestidos a caráter. 

 

Dois bares também estão na lista dos lugares que não podem deixar de ir: o La Floridita, com o seu daiquirí e o La Bodeguita del Medio, com o seu Mojito Ambos os bares foram os escolhidos pelo escritor Ernest Hemingway quando o mesmo morou em Havanna.  
  

Como opção para uma boa música, vá ao El Patio en Habana Vieja, a Casa de la Musica, ao Habana Café ou ao Tropicana, caso prefira algo maior e grandioso. Entretanto para nós brasileiros é igual ao carnaval.  

Vale um passeio também a Miramar, onde estão localizados os maiores hotéis e algumas praias, é como se fosse a parte rica; ao bairro de Vedado, andando por suas avenidas arborizadas e com mansões; e caminhar pelo Malecón, a avenida beira-mar.  

Após 3 dias em Havanna, pegamos a estrada e fomos para as praias de Varadero.  Lá ficamos hospedados no hotel Tryp Península.  

Ficamos uma semana em Varadero e fizemos o que mais queríamos: nada, depois nada e dois dias de passeio fora do hotel; entre uma coisa e outra, bebíamos para refrescar.  

Um dos passeios foi de barco até Cayo Blanco com direito a para em alto mar para um mergulho e outra parada no Delphinarium para nadar com golfinhos. Foi o máximo!!! 

O outro foi um passeio de catamarã e mergulho. Vimos corais e peixes de diversas espécies e cores. Foi maravilhoso também, tirando o esforço extra na volta que tivemos que empurrar o catamarã pois não tinha vento.  

Passamos grande parte do nosso tempo na piscina do hotel e em seu bar molhado. Tudo que precisávamos, realmente férias.  

Cuba ainda reserva muitas surpresas e curiosidades, mas o que mais chama atenção e que a torna um destino turístico interessantíssimo, é o choque cultural. Você pensa em muitas coisas quando está lá e se dá conta que o dinheiro não é tudo (claro que ajuda!). Apesar da pobreza, Cuba pode se orgulhar de seu sistema de saúde, que é gratuito e de qualidade para todos, e de sua eduacação (tem uma das mais baixas taxa de analfabetismo do mundo).  

Voe pra lá! Agora! Você vai gostar!